Eis me Febronio

Durante as primeiras décadas do século xx, o Rio de Janeiro conheceu Febrônio Índio do Brasil, um homem de fala mansa e sorriso fácil, capaz de enganar jornalistas, médicos, policiais e até juízes. Trapaceiro, golpista, mitômano: fingia ser dentista, se passava por policial, criava empresas falsas e até tentou se lançar na política. Por trás da autoconfiança e da retórica afiada, escondia um passado de fugas, prisões e fraudes que o tornaram uma figura temida e profundamente perturbadora. Mas nada se comparava ao horror que viria depois: os rituais obscuros e os assassinatos de meninos indefesos. Entre arquivos amarelados, notícias de época e o resgate de um nome que o Brasil preferiu esquecer, esta obra reconstrói não apenas a trajetória de Febrônio, mas também o cenário febril de um Rio de Janeiro em transformação, palco de medos, segredos e fantasmas sociais que ecoam até hoje.